O começo foi tenso. Ainda sob a fumaça dos fogos e da festa da Fiel, o Racing fez 1x0 em uma bobagem da defesa alvinegra.
Jogadores e torcida sentiram o golpe prematuro mas aos poucos assimilaram e começaram a pressionar o adversário. Mesmo não jogando um bom futebol, mas na base "da raça e do coração", o Corinthians chegou ao empate aos 10 minutos, em jogada inusitada: Ronaldo voltou para buscar jogo, serviu Tcheco, que de letra deixou Elias frente a frente com o goleiro adversário. Com a categoria de Ronaldo, o camisa 7 tocou para o gol e partiu para o abraço, fazendo a Fiel explodir em alegria.
O jogo prosseguiu tenso. O Racing só se defendia e catimbava. O Corinthians ia pra cima, mesmo sem apresentar um futebol envolvente. Defederico novamente decepcionou e travou demais as jogadas. Jorge Henrique não se achava em campo, até porque estava jogando de meia, na posição que deveria ser de Danilo.
No segundo tempo, Mano tirou o argentino e apostou em dois centro-avantes: Ronaldo e Souza.
O jogo ganhou ares de filme épico. A torcida não parou de cantar um minuto. 32 mil pessoas empurrando o "Time do Povo" pra cima dos uruguaios. Ronaldo esboçava suas arrancadas mirabolantes. Porém novamente serviu de armador.
Aos 25 minutos ele serviu Souza, que dominou, girou e tocou para Elias, novamente, se enfiando entre a zaga uruguaia, saindo na cara do goleiro e fazendo a festa da Fiel no Pacaembu.
A virada fez o Corinthians querer ainda mais. Ronaldo tomou conta do jogo e não conseguiu marcar por pouco. O Timão seguiu pressionando o Racing (que já havia perdido um jogador expulso) e quase fez o terceiro, novamente com Ronaldo, que passou por 3 adversários mas teve o chute defendido milagrosamente pelo goleiro.
Fim de jogo, 2x1 de virada. Elias saiu como o herói do jogo, o Guerreiro da Camisa 7. A Mística mais uma vez funcionou para trazer alegria para a Fiel Torcida. Foi sofrido, mas essa é a Libertadores tão sonhada pelo centenário Corinthians.
