Quem assistiu ao jogo de quarta (2/05) entre EMELEC e Corinthians sabe o que estou falando. O time do Equador foi deliberadamente beneficiado pela arbitragem do colombiano. Ele inverteu faltas, infrações e até arremessos laterais, tudo a favor dos donos da casa. Além disso, distribuiu cartões amarelos a rodo para a equipe alvinegra, enquanto que os donos da casa quase não receberam cartões. Isso sem contar os relatos dos jogadores no desembarque em SP, que disseram que ele não queria nem conversa com os jogadores brasileiros e ameaçava cartão a quem quer que chegasse para tentar um diálogo.
Ok, o Corinthians não jogou bem, pecou muito ofensivamente, apesar da boa postura defensiva. Jorge Henrique foi expulso de forma correta, pois não deveria ter entrado na provocação do time adversário. Será desfalque importante na partida de volta, onde o Corinthians precisa vencer para seguir em frente na Libertadores.
Dadas as circunstâncias adversas, o 0x0 lá foi um bom resultado, visto que no Pacaembú o Corinthians é um time muito forte, e com o apoio da Fiel Torcida, tem tudo para liquidar o adversário.
A boa notícia ficou por conta da estreia "oficial" de Cassio. Bom goleiro, fechou o gol principalmente no segundo tempo, quando o Corinthians recuou por estar com 10 em campo, permitindo que a equipe equatoriana gostasse mais do jogo. Tanto no alto, onde ganhou todas as bolas, como pelo chão, Cassio foi seguro e tranquilo, e mostrou que pode ser titular do Timão.
Claro que um jogo apenas é pouco para fazer uma avaliação apurada da postura do jovem goleiro. Porém, com ele à frente do gol, creio que o sistema defensivo do Timão ficou um pouco mais confiante e seguro.
Menos, Presidente!
O "chilique" dado pelo presidente Mario Gobbi no final do jogo não se justifica. O Corinthains foi operado? Sim, foi. Mas não precisa espernear e chorar dessa maneira, muito menos desqualificar a Taça Libertadores, dizendo que até o Paulistão é melhor organizado (o que a mídia sensacionalista preferiu noticiar como "Corinthians diz que Paulistão é maior/mais importante que Libertadores).O que os times brasileiros (em especial o Corinthians) precisam aprender é como passar por todas essas adversidades para vencer a competição. Está claro como água para mim que os times brasileiros e argentinos estão anos luz à frente das outras equipes em organização, elenco, e principalmente futebol. Para tentar "igualar" um pouco as coisas, os times equatorianos, colombianos, bolivianos e etc. usam e abusam de táticas traiçoeiras, como campos em péssimas condições, altitude, jogadas truculentas, entre outras, enquanto que a CONMEBOL completa o espetáculo escalando árbitros caseiros e até mal-intencionados, prejudicando e muito o espetáculo.
O resultado é o que vimos em La Paz, no jogo do Santos contra o limitadíssimo time do Bolivar, e em Guaiaquil. Isso sem contar a estréia alvinegra na competição contra o Táchira.
Mas o que podemos esperar de uma competição onde o cartão amarelo não suspende o jogador violento? Ao contrário, mexe apenas no bolso da equipe (US$ 100,00 por cartão amarelo). O que podemos esperar de um torneio onde os confrontos são dirigidos para que dificilmente tenhamos dois times do mesmo país se enfrentando na final?
Se a CONMEBOL pensar apenas em futebol (e não em dinheiro), talvez daqui a alguns anos tenhamos uma Taça Libertadores da América com o mesmo apelo emocional que a UEFA Champions League causa nos torcedores europeus. Até lá, é passando por cima de todas as deslealdades e complicações que teremos de conquistar a competição.
O Corinthians tem grandes chances de vencer o EMELEC. Basta fazer o seu jogo em casa, com apoio da torcida, e não cair na provocação do time equatoriano, que fará de tudo para que os corinthianos percam a cabeça.
Meu palpite: se os jogadores do Corinthians entrarem com sangue nos olhos e prontos para jogar futebol, ganhamos deles aqui de goleada.
