terça-feira, novembro 23, 2010

Se Timão Perdeu o Título, Foi Por Erros Próprios

Há duas rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, parece que não há mais esperanças para o torcedor Corinthiano: o Fluminense está com uma mão e meia na taça.

"Ah! Mas o São Paulo entregou o jogo!" vão esbravejar uns. "O Palmeiras também vai entregar, e contra o Guarani vai ser festa do título" vão taxar outros. Mas a verdade verdadeira dessa história toda é que o Corinthians perdeu o título (se é que já está tudo definido) por causa de seus prórprios erros.

Afinal, um time que quer ser campeão não pode perder pontos em casa contra Ceará e Atlético Goianiense, como aconteceu ainda sob o comando de Adilson Batista. Também não pode ceder jogadores titulares para a seleção brasileira para um jogo em Doha (14 horas de voo, só de ida) no meio de uma semana importante para consolidar suas pretensões no campeonato. Some-se a isso a diferença de mentalidade quando o time tem Ronaldo no comando de ataque e quando não tem (além da óbvia disparidade técnica) e completamos o quadro dos erros capitais que levaram o Corinthians ao quase-título do Brasileirão.

E quanto ao Palmeiras? Que Palmeiras? Um time não pode depender dos outros pra ser campeão, ainda mais do arqui-rival, e principalmente porque eles já desistiram do campeonato há algumas rodadas, e estão completamente focados na Copa Sulamericana. Não é de hoje que eles estão jogando com a equipe reserva ou mista e nos próximos jogos não vai ser diferente.

Já o São Paulo guarda uma mágoa profunda, ao alegar que o Corinthians fez corpo mole para o Flamengo ano passado. E obviamente não iria se esforçar muito para tentar vencer o Fluminense, sendo que suas chances de classificação para a Libertadores são bem remotas. Mas não foram eles que tiraram o nosso título.

Vejamos, Mano Menezes vinha bem no Corinthians, era líder, quando resolveu assumir a seleção brasileira. Eu não gostaria que ele fosse, mas a chance de ser treinador da principal seleção de futebol do mundo só passa uma vez na vida de um profissional de seu gabarito. Veio Adilson Batista, que parecia ser o melhor nome para dar sequencia ao trabalho de Mano. Só que ele quis mudar todo o jeito do time jogar, fazendo um veterano como Roberto Carlos apoiar a todo momento e deixar seu lado da defesa exposto. Fora isso, promoveu Moacir de volta ao time, hora como lateral, hora como volante, e mesmo com péssimas atuações ele era mantido no time titular.

Pra completar, Thiago Heleno. O zagueiro, criado nas categorias de base do Cruzeiro, não era titular nem no seu clube de origem, mas chegou como herdeiro da posição de William quando este se aposentar (aliás já está na hora de isso acontecer, devido às suas más atuações nos últimos tempos). Adilson insistiu com o zagueiro, mesmo ele tendo atuações pífias, errando na marcação e na cobertura. Não deu liga com Chicão, nem mesmo com William. Leandro Castán improvisado na lateral foi outro erro. Aliás não consigo entender porque Dodô, jovem promessa da base Alvinegra não é banco do Roberto Carlos. O garoto joga bem! Só não pode ser jogado na pressão ainda.

Vejam, não estou jogando a toalha, muito menos declarando o Fluminense campeão brasileiro. Apenas fazendo contas e constatando um fato: se o Corinthians não tivesse vacilado contra o Ceará (empate) e contra o Atlético de Goiânia (derrota) em casa, estaria com 5 pontos a mais na tabela (69, contra 65 do Fluminense) e estaria a um empate com o Vasco de se sagrar Pentacampeão Brasileiro.

quinta-feira, maio 27, 2010

Brasileirão para Salvar o Ano

Todos sabiam, desde a metade de 2009, qual era o grande objetivo do Corinthians para o ano de seu Centenário: A Taça Libertadores da América.

Todo o planejamento foi feito com o objetivo de conquistar a única taça que falta na galeria de troféus do Alvinegro. Jogadores foram contratados, mal utilizados e queimados. Casos estes de Escudero, Balbueña, Edu, Marcelo Mattos. Apesar de jogar mal, não convencer, o Corinthians fazia o que se era esperado dele: vencia e conquistava a melhor campanha da primeira fase.

O Corinthians ficou fora das finais do Paulista, não apenas por conta do planejamento, mas também por falta de competência para vencer jogos em que atuou com time misto, o que mostrava que os reservas não estavam (como ainda não estão) a altura dos jogadores titulares. "Podemos nos concentrar totalmente na Libertadores" foi o que alguns jogadores, torcedores e até dirigentes comentaram, em linhas gerais, ressaltando novamente a obssessão do time por esse título.

Veio o jogo contra o Flamengo. O adversário era mais forte do que se esperava, afinal o atual campeão brasileiro não poderia ser o pior segundo colocado da competição. Se não fosse pela participação dos times mexicanos que foram barrados ano passado por causa da Gripe A (aquela do porco), o adversário seria outro. Mesmo assim, o time adversário estava em crise, técnico tinha caído poucos dias antes, jogadores envolvidos em escândalos com festas de traficantes em morros e etc. "Vai ser uma barbada" pensaram os torcedores mais fanáticos.

Realmente, eu também cheguei a pensar assim, apesar de o time não estar jogando bem. Achei que na fase seguinte da Libertadores, o time cresceria, como sempre cresce nos mata-matas. A apatia do time no primeiro jogo me trouxe de volta à realidade. Porém não me tirou a esperança. Afinal tinhamos time para vencer o segundo jogo, e o apoio da torcida (que nunca faltou) iria fazer a diferença.

Fizemos a nossa parte. Lotamos o Pacaembú, bares, restaurantes, ficamos plantados na frente da TV em nossas casas, todos os rituais possíveis e imagináveis foram realizados para que o Timão vencesse essa etapa e ganhasse mais força rumo ao seu grande objetivo. O time também fez a parte dele, porém teve apenas um vacilo, um descuido, que foi fatal.

Ao apito final, eu não acreditava no que estava vendo. Estava desolado, perdido, triste, deprimido. Novamente estavamos fora da disputa do tão sonhado título da Libertadores. Todos os esforços realizados até ali, contratações milionárias, priorização de competição, marketing, tudo, absolutamente TUDO havia sido em vão.

Juntar os cacos, recomeçar. Foi assim que Andres Sanchez resolveu manter o técnico e iniciar a reformulação do elenco alvinegro. Creio que fez o certo. Apesar da pressão da torcida, acredito também que Mano Menezes é o cara certo para continuar comandando o Corinthians. Apesar da dor da perda, o Timão mostrou sua força nas três primeiras rodadas do Brasileirão, ao vencer todos os seus jogos. A mais importante, na minha opinião, foi o triunfo sobre o Grêmio, em Porto Alegre. É sempre difícil vencer os gaúchos lá.

O elenco do Corinthians sabe que é preciso chegar entre os primeiros colocados (de preferência, ser campeão) não apenas para garantir vaga para a Libertadores 2011, mas também para apagar os fracassos deste primeiro semestre e salvar o ano do Centenário. Qualidade o time tem. Resta saber se o time terá vibração e espírito de campeão para vencer esta longa jornada.

sexta-feira, maio 14, 2010

Libertadores. Que venha a próxima

"Ao apito do juiz, já sabiamos a sentença. E, na sentença do futebol, não cabe recurso. Era garantir ou perder a vaga. Perdemos.

Mas somos corinthianos. Sofredores. E se tem coisa que o sofrimento ensinou pra gente foi que ele tem que durar pouco. Que depois da derrota sempre vem um ponto-final. Ponto.

No instante seguinte, começa uma nova fase. Outra história. Um novo momento pra gente reaprender como se grita, canta, clama. Como se cobra, pede, exige. E que, acima de tudo, como se ama o Corinthians.

Esse instante já chegou.

Porque, se em 100 anos de história nós ganhamos muitos títulos, perdemos outros. Exatamente como qualquer time.

Mas, ao contrário de um time qualquer, somos nós os únicos com uma nação de milhões de corinthianos loucos pela próxima Libertadores.

E ela virá."

(Carta-Comunicado da Nike, em agradecimento e homenagem à participação do Corinthians na Libertadores 2010).

quarta-feira, maio 05, 2010

A Hora é de ACREDITAR

Não tenho nada pra dizer neste post. Apenas o vídeo vai falar por mim e por toda uma nação. Assistam em Full Screen:

segunda-feira, abril 05, 2010

Timão Cresce, Mas Vaga Está Difícil


O Corinthians conseguiu uma boa vitória diante do Ituano ontem pelo Paulistão, porém ainda não conseguiu assegurar uma vaga entre os 4 que disputarão a próxima fase.

Apesar de muitos dizerem que o Corinthians venceu no sufoco ontem, eu acredito que foi mais um jogo de paciência. Vi o jogo todo, em nenhum momento o Ituano foi um time que levasse extremo perigo à meta alvinegra. Rafael Santos vem melhorando sua atuação e fazendo boas defesas. Chicão e William mostraram o entrosamento de sempre e a dupla de laterais jogou barbaridade, com liberdade total para chegar ao ataque.

Roberto Carlos está jogando muito e hoje é o principal articulador das jogadas ofensivas. Está merecendo uma vaga na seleção de Dunga.

Quanto ao ataque, o Corinthians está perdendo muitos gols. Talvez por excesso de preciosismo, ou talvez porque todos querem achar Ronaldo na área para que ele marque os gols. Isso ficou um tanto evidente no segundo gol, quando Tcheco foi esperto e roubou a bola q o zagueiro tentava proteger enquanto o goleiro chegava para ficar com ela. Ao invés de tocar para o gol vazio, o meia preferiu servir Ronaldo, que entrava livre pelo meio da área.

Mas, pelo menos, o Corinthians mostra que o time está montado e se entrosando. Pode não estar jogando um futebol que salta aos olhos, de beleza e técnica. Mas está vencendo e evoluindo. É uma pena que tivemos tropeços nas rodadas anteriores. Agora precisamos vencer e secar pelo menos 1 dos adversários à nossa frente para conseguir a vaga.