quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Maior Vexame da História

Amigos, a noite do dia 2/02/2011 ficará marcada para sempre na história do futebol corinthiano e mundial. O Corinthians conseguiu a façanha de ser o primeiro clube brasileiro a ser eliminado na fase Pré-Libertadores.

A derrota por 2x0 começou bem antes, já na segunda, quando Roberto Carlos disse que "tinha medo" de não se classificar. No dia seguinte, curiosamente, Tite vetou o camisa 6 para o jogo, alegando que ele está com dores musculares na perna. O primeiro jogador "medalhão" já havia pipocado.

Depois, outra má notícia: Tite preferiu sacar Bruno Cesar e colocar Paulinho em seu lugar, deixando a equipe com 3 volantes e 3 atacantes, sem elo entre meio de campo e ataque. Para um time que precisaria da arma "contra-ataque", a ligação direta entre defesa e ataque é suicídio. E deu no que deu: no primeiro tempo, o Corinthians não viu a cor da bola. Parecia jogo de ataque (do Tolima) contra defesa.

Pior: o substituto do pipoqueior RC6 foi Fabio Santos, que deixou uma avenida pelo lado esquerdo onde o tal do Chara deitou e rolou. Quase todas as chances do Tolima foram criadas pelo lado esquerdo da defesa alvi-negra. Julio Cesar salvou o Timão.

Dentinho, Jucilei, Ronaldo e Jorge Henrique ficaram devendo futebol mais uma vez. Não vou defender nem mesmo o camisa 23, que tentou compensar com raça, mas foi muito abaixo do que poderia ser. E o Tite? Que dizer de um técnico retranqueiro, que jogou pra buscar o "empate salvador" e insiste em fazer a linha de impedimento com o quarteto de zaga?

Ele até tentou compensar no segundo tempo, ao colocar Danilo e Ramirez (o peruano jogou bem contra o S. Bernardo no fim de semana), mas até aí o Tolima já vencia por 1x0. Ramirez devia estar muito ansioso ou incorporou bem o "espírito corinthiano de jogar Libertadores", pois não ficou nem 2 minutos em campo, sendo expulso em seu primeiro lance, após cotovelada no adversário que o segurava.

Não demorou muito e veio o desespero, e o segundo gol colombiano. Tite mais uma vez foi "gênio" ao colocar em campo Edno. Que piada. Mais uma vez fomos eliminados da Libertadores, e o pior: dessa vez nem chegamos a entrar na "balada". Barrados na porta de entrada!

Temo pela sequencia do ano alvi-negro. Neste domingo tem o primeiro clássico do ano, justo contra o Palmeiras, e se perder mais uma ou simplesmente não jogar bem, a Fiel vai tocar o terror no Parque São Jorge (a paz já acabou).

Corinthians hoje é a vergonha nacional. Não sei porque agora me deu uma saudade enorme de Mano Menezes no comando do Corinthians. Após sua saída o time entrou numa descendente sem precedentes, principalmente na parte técnica e tática, e temo que o vexame de hoje não seja o fundo do poço, apesar de acreditar que não há como descer mais.

O ano para o Corinthians agora se resume a: Paulistão e Brasileirão. E tendo no elenco L. Castán, Fabio Santos, Moradei, Edno, Danilo... Jucilei e B. Cesar em péssima fase, R. Carlos pipoqueiro, Ronaldo pensando na aposentadoria... Haja paciência torcedor!

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Começo de Ano Preocupante

Não dava pra acreditar no que se via ontem no Pacaembú. Um Corinthians irreconhecível em campo diante de um adversário fraco, porém esforçado taticamente. O jogo foi duro de assistir de tão irritante que o Alvinegro estava ontem.

Vamos recapitular:

1º jogo: Corinthians 2x0 Portuguesa
Timão foi pra cima, matou o jogo em um belo chute de Paulinho e uma falha grotesca de posicionamento do goleiro adversário, culminando com a felicidade de R. Carlos em acertar um gol olímpico.

Apesar disso o time sentiu a falta de ritmo de jogo, mas parecia que era apenas questão de jogar mais pra continuar no mesmo ritmo do meio de 2010, quando a equipe voava em campo e era muito dificil de ser vencida.


2º jogo: Corinthians 1x1 Bragantino
Uma avenida pelo lado de R. Carlos durante boa parte do jogo, foi o que se viu em Bragança. Sem Ronaldo e com 2 atacantes velozes, o Corinthians teve dificuldades para acertar o jogo, viu seu Xerifão marcar um gol contra numa infelicidade e teve um fio de esperança quando Moacir (?) acertou um bom cruzamento na cabeça de J. Henrique. E foi só isso. O empate ficou de bom tamanho pelo futebol apresentado, e principalmente pelos erros cometidos.


3º jogo: Corinthians 1x1 Noroeste
Ligou-se a luz amarela no Parque São Jorge. A apatia e a falta de motivação mostradas em campo diante do fraco time do interior deixou a Nação Alvinegra preocupada. Os 3 atacantes pouco produziram durante todo o jogo, apesar do gol de Dentinho. R. Carlos foi irreconhecivel e deu o empate de presente para o adversário.

4º jogo: Corinthians 0x0 Deportes Tolima (COL)
Ontem, além dos erros mostrados nos jogos anteriores, o Timão abusou da "linha burra" para deixar os atacantes colombianos em impedimento, jogou de forma descordenada e desorientada e não produziu absolutamente nada. Bruno Cesar não entrou em campo; Jucilei ficou plantado no meio, não chutou, não chegou à frente quando precisava, enfim, um zero; Dentinho ousou pouco; R. Carlos tal qual o jogo contra o Noroeste; J. Henrique esforçado e raçudo, mas pouco produtivo. As principais peças ontem não jogaram como de costume.

E pra piorar, o banco do Corinthians é sofrível! Tite sacou Bruno Cesar , que - diga-se de passagem - esqueceu o futebol no Santo André, pra colocar Edno (sem comentários). Depois sacou R. Carlos para promover Marcelo Oliveira (que foi esforçado e tentou algumas investidas pela esquerda). Pra finalizar, tirou Dentinho e colocou Danilo (que ao menos tentou alguns chutes de longa distância, mas faltou pontaria).

A coisa tá feia, Nação! Tite não sabe armar o Corinthias para atacar ou ao menos ter criatividade. De repente esse tal de Luis Ramirez, o peruano apresentado hoje, surpreenda. Quem sabe o atacante William, que também foi apresentado hoje, mostre vontade. Mas é preciso muito mais que isso.

Aguardemos (e oremos!) pelo jogo de volta. Lá na Colômbia. Que São Jorge proteja Tite e os jogadores, e os inspirem a serem guerreiros e voltarem classificados de lá.

terça-feira, novembro 23, 2010

Se Timão Perdeu o Título, Foi Por Erros Próprios

Há duas rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, parece que não há mais esperanças para o torcedor Corinthiano: o Fluminense está com uma mão e meia na taça.

"Ah! Mas o São Paulo entregou o jogo!" vão esbravejar uns. "O Palmeiras também vai entregar, e contra o Guarani vai ser festa do título" vão taxar outros. Mas a verdade verdadeira dessa história toda é que o Corinthians perdeu o título (se é que já está tudo definido) por causa de seus prórprios erros.

Afinal, um time que quer ser campeão não pode perder pontos em casa contra Ceará e Atlético Goianiense, como aconteceu ainda sob o comando de Adilson Batista. Também não pode ceder jogadores titulares para a seleção brasileira para um jogo em Doha (14 horas de voo, só de ida) no meio de uma semana importante para consolidar suas pretensões no campeonato. Some-se a isso a diferença de mentalidade quando o time tem Ronaldo no comando de ataque e quando não tem (além da óbvia disparidade técnica) e completamos o quadro dos erros capitais que levaram o Corinthians ao quase-título do Brasileirão.

E quanto ao Palmeiras? Que Palmeiras? Um time não pode depender dos outros pra ser campeão, ainda mais do arqui-rival, e principalmente porque eles já desistiram do campeonato há algumas rodadas, e estão completamente focados na Copa Sulamericana. Não é de hoje que eles estão jogando com a equipe reserva ou mista e nos próximos jogos não vai ser diferente.

Já o São Paulo guarda uma mágoa profunda, ao alegar que o Corinthians fez corpo mole para o Flamengo ano passado. E obviamente não iria se esforçar muito para tentar vencer o Fluminense, sendo que suas chances de classificação para a Libertadores são bem remotas. Mas não foram eles que tiraram o nosso título.

Vejamos, Mano Menezes vinha bem no Corinthians, era líder, quando resolveu assumir a seleção brasileira. Eu não gostaria que ele fosse, mas a chance de ser treinador da principal seleção de futebol do mundo só passa uma vez na vida de um profissional de seu gabarito. Veio Adilson Batista, que parecia ser o melhor nome para dar sequencia ao trabalho de Mano. Só que ele quis mudar todo o jeito do time jogar, fazendo um veterano como Roberto Carlos apoiar a todo momento e deixar seu lado da defesa exposto. Fora isso, promoveu Moacir de volta ao time, hora como lateral, hora como volante, e mesmo com péssimas atuações ele era mantido no time titular.

Pra completar, Thiago Heleno. O zagueiro, criado nas categorias de base do Cruzeiro, não era titular nem no seu clube de origem, mas chegou como herdeiro da posição de William quando este se aposentar (aliás já está na hora de isso acontecer, devido às suas más atuações nos últimos tempos). Adilson insistiu com o zagueiro, mesmo ele tendo atuações pífias, errando na marcação e na cobertura. Não deu liga com Chicão, nem mesmo com William. Leandro Castán improvisado na lateral foi outro erro. Aliás não consigo entender porque Dodô, jovem promessa da base Alvinegra não é banco do Roberto Carlos. O garoto joga bem! Só não pode ser jogado na pressão ainda.

Vejam, não estou jogando a toalha, muito menos declarando o Fluminense campeão brasileiro. Apenas fazendo contas e constatando um fato: se o Corinthians não tivesse vacilado contra o Ceará (empate) e contra o Atlético de Goiânia (derrota) em casa, estaria com 5 pontos a mais na tabela (69, contra 65 do Fluminense) e estaria a um empate com o Vasco de se sagrar Pentacampeão Brasileiro.

quinta-feira, maio 27, 2010

Brasileirão para Salvar o Ano

Todos sabiam, desde a metade de 2009, qual era o grande objetivo do Corinthians para o ano de seu Centenário: A Taça Libertadores da América.

Todo o planejamento foi feito com o objetivo de conquistar a única taça que falta na galeria de troféus do Alvinegro. Jogadores foram contratados, mal utilizados e queimados. Casos estes de Escudero, Balbueña, Edu, Marcelo Mattos. Apesar de jogar mal, não convencer, o Corinthians fazia o que se era esperado dele: vencia e conquistava a melhor campanha da primeira fase.

O Corinthians ficou fora das finais do Paulista, não apenas por conta do planejamento, mas também por falta de competência para vencer jogos em que atuou com time misto, o que mostrava que os reservas não estavam (como ainda não estão) a altura dos jogadores titulares. "Podemos nos concentrar totalmente na Libertadores" foi o que alguns jogadores, torcedores e até dirigentes comentaram, em linhas gerais, ressaltando novamente a obssessão do time por esse título.

Veio o jogo contra o Flamengo. O adversário era mais forte do que se esperava, afinal o atual campeão brasileiro não poderia ser o pior segundo colocado da competição. Se não fosse pela participação dos times mexicanos que foram barrados ano passado por causa da Gripe A (aquela do porco), o adversário seria outro. Mesmo assim, o time adversário estava em crise, técnico tinha caído poucos dias antes, jogadores envolvidos em escândalos com festas de traficantes em morros e etc. "Vai ser uma barbada" pensaram os torcedores mais fanáticos.

Realmente, eu também cheguei a pensar assim, apesar de o time não estar jogando bem. Achei que na fase seguinte da Libertadores, o time cresceria, como sempre cresce nos mata-matas. A apatia do time no primeiro jogo me trouxe de volta à realidade. Porém não me tirou a esperança. Afinal tinhamos time para vencer o segundo jogo, e o apoio da torcida (que nunca faltou) iria fazer a diferença.

Fizemos a nossa parte. Lotamos o Pacaembú, bares, restaurantes, ficamos plantados na frente da TV em nossas casas, todos os rituais possíveis e imagináveis foram realizados para que o Timão vencesse essa etapa e ganhasse mais força rumo ao seu grande objetivo. O time também fez a parte dele, porém teve apenas um vacilo, um descuido, que foi fatal.

Ao apito final, eu não acreditava no que estava vendo. Estava desolado, perdido, triste, deprimido. Novamente estavamos fora da disputa do tão sonhado título da Libertadores. Todos os esforços realizados até ali, contratações milionárias, priorização de competição, marketing, tudo, absolutamente TUDO havia sido em vão.

Juntar os cacos, recomeçar. Foi assim que Andres Sanchez resolveu manter o técnico e iniciar a reformulação do elenco alvinegro. Creio que fez o certo. Apesar da pressão da torcida, acredito também que Mano Menezes é o cara certo para continuar comandando o Corinthians. Apesar da dor da perda, o Timão mostrou sua força nas três primeiras rodadas do Brasileirão, ao vencer todos os seus jogos. A mais importante, na minha opinião, foi o triunfo sobre o Grêmio, em Porto Alegre. É sempre difícil vencer os gaúchos lá.

O elenco do Corinthians sabe que é preciso chegar entre os primeiros colocados (de preferência, ser campeão) não apenas para garantir vaga para a Libertadores 2011, mas também para apagar os fracassos deste primeiro semestre e salvar o ano do Centenário. Qualidade o time tem. Resta saber se o time terá vibração e espírito de campeão para vencer esta longa jornada.

sexta-feira, maio 14, 2010

Libertadores. Que venha a próxima

"Ao apito do juiz, já sabiamos a sentença. E, na sentença do futebol, não cabe recurso. Era garantir ou perder a vaga. Perdemos.

Mas somos corinthianos. Sofredores. E se tem coisa que o sofrimento ensinou pra gente foi que ele tem que durar pouco. Que depois da derrota sempre vem um ponto-final. Ponto.

No instante seguinte, começa uma nova fase. Outra história. Um novo momento pra gente reaprender como se grita, canta, clama. Como se cobra, pede, exige. E que, acima de tudo, como se ama o Corinthians.

Esse instante já chegou.

Porque, se em 100 anos de história nós ganhamos muitos títulos, perdemos outros. Exatamente como qualquer time.

Mas, ao contrário de um time qualquer, somos nós os únicos com uma nação de milhões de corinthianos loucos pela próxima Libertadores.

E ela virá."

(Carta-Comunicado da Nike, em agradecimento e homenagem à participação do Corinthians na Libertadores 2010).